Se você ainda não passou por um luto na vida, com certeza conhece alguém que já, e para isso vir de encontro a sua trajetória é só uma questão de tempo. Se tem algo que está intrínseco a viver é atravessar lutos. Sejam eles o mais difíceis como a morte, ou separações, ou lutos simbólicos como o fim de uma amizade, o fim da infância, a mudança de uma cidade, ou seu bebê que agora está se tornando um adolescente.
Passar por um luto nunca vai ser fácil, e se foi fácil é porque talvez ainda nem tenha começado o seu. Mas apesar de difícil, o luto nos transforma, nos modifica por inteiro. E quando paramos de tentar fazer com que pare de doer, de um dia para o outro a melhora começa a chegar; e aquela fase dolorosa e paralisante vai abrindo espaço para outras sensações.
O luto se manifesta na gente através de uma série de reações que envolvem respostas emocionais - aquele sentimento de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, angustia, saudade… - e também cognitivos e comportamentais: confusão, preocupação, problemas no sono, na apetite, o isolamento social, choro, evitar lembranças…
O Folga também está passando por lutos simbólicos. Nossa jornalista Carol Pires se despediu do time para tocar projetos importantes e internacionais e quem vem para ficar é a produtora de conteúdo, roteirista e amiga Nani Escosteguy, mãe do Gabi e do Tom. Bem-vinda a newsletter Folga Nani! Que a gente faça desse espaço um lugar de compartilhar escritas sinceras e bonitas.
Eu, Helen Ramos, peço desculpas por esse hiato sem edições do Folga, quando vocês lerem meu texto acredito que vão entender. 2023 veio dando voadora por aqui, mas tô feliz de estar volta e se tem algo que fiz enquanto atravessava alguns lutos nesse últimos semestre foi escrever. Então me aguentem em 2024 que vai ter Folga a valer.
Vale avisar vocês que nossas edições serão mais simples, porém com mais frequências. O que importa numa newsletter é que ela saia, e que chegue até vocês certo?
Então me permiti querer fazer algo menos maravilhoso cheio de frufrus e trocar mais na base da escrita mesmo.
Que saudade que eu estava de vocês. E vamos de newsletter edição #13 - LUTO.
Boa leitura.
A CHALEIRA DA ADOLESCÊNCIA
por Nani Escosteguy
Começou pelos olhos revirando diante de uma chamada de atenção. Aí chegaram: o suvaco fedendo no final do dia, o chulé no quarto, a porta do banheiro trancada, o pedido de privacidade, a insistência pelo próprio celular e a ânsia de ir a pé, sozinho, para escola.
Meu menino está adolescendo. E eu, canceriana que sou, estou com mixed feelings - todos eles envolvem amor, surpresa, orgulho, preocupação, tranquilidade e (lembrem-se, câncer aqui!) saudosismo - apego ao filho que eu tive aqui até ontem.
Fui uma adolescente difícil. Distante, brava, impaciente… Por isso mesmo, sinto uma certa hesitação sobre os próximos anos com meus meninos - porque se um está na pré-adolescência com pé, braço, coração e cabeça; o outro está seguindo a trilha aberta e logo logo chega nessa clareira para encontrar o irmão.
Ao mesmo tempo que me despeço do meu menino-criança, assisto encantada às descobertas, experiências e à explosão de hormônios do meu menino-adolescendo. Um dia eu o pegava no colo, hoje é ele quem tenta me levantar do chão. Um dia eu subia a rua levando um filho em cada mão, hoje o mais velho anda a passos rápidos lááááá na frente, enquanto eu faço questão de segurar a mão do caçula. Vai que é a última vez?
Enquanto chegam as coisas que a injeção de testosterona causa, consigo perceber os pequenos grandes acertos dessa mãe aqui. Se o bebê trouxe a insegurança; a infância, algumas culpas; a chegada da adolescência tem trazido, junto com aquela hesitação toda, um alívio também. Ele é educado. Ele me convida pra jantar fora, “faz tempo só eu e você né mamãe?”. Ele conversa sobre futebol, pergunta sobre política, mostra as músicas que ouve com os amigos e se reconhece em algumas que foram apresentadas por nós. Canta “Passarinhos” do Emicida no banho e me emociona. “Soltos a voar dispostos / a achar um ninho / nem que seja no peito um do outro”. A tranquilidade de um menino que ali dentro ainda é doce, carinhoso, sensível e parceiro.
Todas as quintas, meu passarinho vai a pé pra escola, com um colega apenas um ano mais velho. Meu passarinho voa, achando um ninho no peito dos bons amigos. Também vai até a sorveteria quando almoçamos naquele canto gostoso e tradicional da família e dos amigos - lá chega, escolhe e compra tudo sozinho. Assiste a todos os documentários sobre futebol nos streamings mil e vem correndo me contar alguma história dali. As manhãs são de ansiedade pela tabela do Brasileirão, quem fez gol, quem ganhou, “não entendo porque as torcidas brigam se nem os jogadores ficam bravos quando perdem” - o adolescente lê notícias sobre futebol todos os dias e tece suas impressões e observações.
Não me iludo com esses momentos românticos (alô minha bengala astrológica!). Tem muito mau humor, tem muito olho revirado quando relembro que ele precisa limpar a caixa de areia dos gatos, tem aquele dia que sou a pior mãe do mundo e a família toda é uma droga. Tem as oscilações emocionais típicas de um exemplar juvenil - incluindo rebeldias, transgressões e discussões.
Assim, me despeço da criança que ele foi, cheia de memórias lindas e tatuadas na lembrança e no coração. Eu aproveitei! Agora recebo meu adolescente que clama, como todos, por independência e autoafirmação, mas com o alívio de quem construiu uma conexão forte e que, vez ou outra, consegue um date. “E aquele peruano, hein? Só nós dois, filho. Vamos?”.
LUTO A VISTA, SEM CHEQUE ESPECIAL
por Helen Ramos
Esse ano foi difícil pra mim. Difícil mesmo. Desses que marcam a alma, que ficam ali escritos na autobiografia da nossa cabeça. Desses que daqui uns 3 anos eu estarei na mesa tomando um café com uma amiga e direi: nossa lembra de 2023? Como dei conta?
Em 2023 encerrei lutos e comecei outros, sem nem um dia de intervalo entre eles, sem cilindro de oxigênio para tamanho mergulho. Perdi pessoas, concretamente e também simbolicamente (as simbolicamente nunca realmente tivemos, vale lembrar).
Foram incontáveis os dias que segurei esse meu coração em fase de cura e falei: “ô loco gente, é assim mesmo que é viver?”.
Não tive dificuldade em pedir ajuda às amizades: amiga me acode aqui, s.o.s amigo me tira de casa, amiga vamo comprar planta enquanto me lamento? E para minha sorte e também merecimento eu sou muito abençoada nesse campo da amizade.
Eu tenho a grande fé de que lerei esse texto no futuro com minhas grandes amigas e vou rir; e sentir orgulho de mim por ter segurado mais uma barra, passado por mais uma fase do chefão em street fighter.
Eu quero no futuro gargalhar ao lembrar do dia que em 24h eu consegui ir em 2 terapias, terreiro e quiropraxia. Isso não tem como negar: eu me joguei de cabeça na tentativa de melhorar, de me recuperar e spoiler: as coisas vão melhorando, aos pouquinhos, em pequenos grãos de areia, mas vão. Passar por luto é um grande exercício da paciência.
Eu tenho agora na minha autobiografia um episódio inédito: encerrei com meu analista e depois retornei, pedindo pra voltar. Me confundi inteira e achei que a análise tinha chegado ao fim, mas o que eu não queria era entrar em temas tão difíceis que estavam começando a mostrar seus dentinhos afiados. E que bonito (e difícil) que é esse processo de análise hein? Ou de terapia, o que for melhor para você.
Tive conversas bonitas e duras com meu filho. Quando a gente passa por lutos, quem convive conosco convive com alguém passando por um luto, e isso os atravessa. O meu filho também passou por alguns desses lutos comigo. É complicado para uma mãe ver seu filho triste. Deveria ser proibido né? Mas eu já me absolvi dessa posição de mãe perfeita e também de tentar fantasiar o mundo. Nos demos as mãos e trocamos muito carinho e apoio um ao outro. Tenho uma família, na alegria e na tristeza.
Meu coração doeu esse ano, mas doeu com D maiúsculo. Passei pela experiência de um fim de relacionamento, que foi bonito e bom. O primeiro que eu tive assim. Mas a boa notícia é que foi só o primeiro. A gente não anda pra trás, e sei que o futuro me aguarda com felicidade no amor (saber eu não sei, mas escrevo isso pra ganhar potência).
O dinheiro faltou, faltou mesmo, como há mais de 7 anos não faltava. Precisei de empréstimo, de respirar fundo e de acreditar que as coisas vão mudar e vão dar certo. Se tem algo que precisei esse ano e vou levar comigo foi fé, sem ela não é possível.
Conheci pessoas novas, que fizeram toda diferença. Também me reaproximei de amizades antigas. Que bálsamo são as amizades! Confesso que sem elas eu não sei o que seria de mim. Cada amigo e amiga fizeram TODA diferença. Foi importante abrir esse espaço para as pessoas amadas chegaram junto, e elas chegaram. Obrigada demais amizades.
Encerro esse ano construindo esse novo lugar de solitude, de me conhecer novamente. Ou, pra ser sincera, me conhecer pela primeira vez depois de 15 anos. Em 2008 minha mãe faleceu. Eu varri meu luto para debaixo do tapete. Tinha um pai e um irmão devastados do meu lado e eu pensei que eu não podia ser mais uma, precisava ser a ponta firma da família naquele momento. É como se eu tivesse assumido a posição de “mulher” da casa. Me joguei em muito trabalho, universidade, bebida, 90 cursos e zero tempo para pensar ou descansar (leia-se zero tempo para sofrer). Meu corpo, é claro, pipocou de sintomas. Essa dor precisava sair por algum lugar. Epilepsia de ausência, déficit de atenção, perda urinária, insônia crônica, tabagismo, compulsão por doce, ganhos e perdas de peso. Nesse ritmo maluco, me mudei de cidade e um tempo depois engravidei no susto, tive filho e bum: no meu puerpério, seis anos após a morte da minha mãe foi que comecei a processar esse luto tão difícil. Não tinha para onde eu fugir. A presença e a palavra mãe estavam ali 24 horas por dia, madrugada adentro, e a falta dela foi arrebatadora. Ali, ao meu tornar uma mãe eu a enxerguei não como minha mãe, mas como uma mulher e consegui entender muito do que ela havia passado. Foi preciso muita força, terapia e também medicamento. Meu luto achou espaço para começar a acontecer, e posso estar enganada, mas sinto que agora, recentemente, é consegui começar a fechar esse ciclo. Esse encerramento de luto veio com simbologias muito bonitas e isso se fez em meio a uma viagem de bicicleta pelo nordeste. Não sei explicar o porque, mas em um momento de pedal eu aprendi a andar sem as mãos apoiadas no guidão. Simbólico não?
foto: @hugovalenteoficial
Bom, massss, logo em seguida comecei outro luto, e dessa vez sem adiar sofrimento.
Tem sido estranho me relacionar comigo mesma. Pela primeira vez com mais clareza pra onde olho. Me relacionar com essa mulher de 36 anos, com um filho de quase 10. O que eu gosto de fazer? O que eu desejo? O que me dói que eu não resolvi? O que eu repito sem perceber? Porque me coloco em tal e tal tipo de situação? Quais são minhas qualidades? Por que não olhar pra mim com mais admiração e reconhecimento? Eu desejo realmente essas coisas que desejo ou me imputaram esses desejos? Eles são meus? (alerta mulheres para essa construção de amor romântico e casamento heim - mas isso é assunto pra outra folga).
Começo 2024 com o compromisso de ficar atenta ao que me prende e me atrapalha, o que não quero repetir, o que quero deixar pra trás e principalmente o que eu desejo com o coração e toda vontade. E sim, com o grande combinado de me acolher mais.
Não é um processo tranquilo, quem já passou deve saber, como diria uma grande amiga: olhar a vida de frente é duro, mas depois que você olha não tem mais volta.
Nesse processo outra amiga me disse algo bonito (cara eu sou muito abençoada de amizades, obrigada Deus): quando a gente abre o cano pra baixo, no sentido de ir lá no fundo no poço, lá no esgoto, lá no subsolo do sofrimento, a gente também abre pra cima, o equivalente que a gente desce nesses processos difíceis da vida a gente também sobe.
E tudo que eu tô passando hoje vai me levar a novos lugares, e sem dúvida a uma melhor versão de mim.
Se reinventar não é fácil, não é suave, não é igual Julia Roberts em Comer, Rezar e Amar. Não acontece na Tailândia com um Javier Barden apaixonado por você, saindo molhado do mar azul. É no meio de chuva, de aquecimento global, de dívida, de amigo doente, de tia morrendo, de círculos de pessoas se afastando. É no meio do globo da morte do circo, com as motocicletas entrando: RA TATATATATATATAM. Desculpa gente minha imaginação é doida assim.
E nossa! Já ia me esquecendo de algo : nessa dança que a gente dança só, aparecem morcegos que saem da caverna viu? Vem muitaaa coisa ali do passado te dar um "oi querida! lembra de mim? um trauminha, posso entrar?".
No início dá medo. Depois dá incômodo. Depois dá raiva. Depois, a sensação de que os morcegos vão te morder e você vai morrer. E depois, você senta pra tomar café, dá bom dia pra eles, oferece um mamão papaia e percebe que eles são bichinhos fofos e adoráveis que só estão precisando que você olhe para cada um deles, com paciência, respirando.
Esses morcegos da espécie traumatis antiguis fudidis são folgados, não avisam mesmo quando vão chegar. Mas é o que é. O jeito é aceitar, e convidá-los para ir a análise.
Se possível tenta levar essa fase no humor, e se acolha, se respeite. Respeita o seu luto. Se você tá no início desse processo pode parecer mentira mas uns raios solares começam a entrar e trazer beleza para toda essa coreografia do novo.
Eu fiz questão de escrever essa edição do folga abrindo meu coração para vocês, principalmente pra te dizer que se você tá passando por isso não se sinta só, pede ajuda, de verdade. Recebe meu abração aqui, meu amor, meu axé, meu sorriso. E espero te encontrar no futuro onde eu e você estaremos bem, bem mesmo e lá a gente se abrace e diga: mulher/ viadoooo/ bixaaa passou! Olha a gente aqui, firme forte e celebrando essa força que é estar viva.
Vamos juntes folguers em 2024? Vamos mergulhar nessa vida? Que ela é profunda mesmo, e eu sei que você tem fôlego.
Para encerrar vou escrever algumas conquistas dos últimos anos que toda vez que tô desacreditada volto e leio:
ando criando um menino MARAVILHOSO.
tenho amizades bonitas, fortes, potentes.
pratico o autocuidado comigo: análise, exercício físico, leitura, terreiro.
financiei minha casinha <3, minha minha e do meu filho.
youtube hel mother foi bonito, foi importante, ajudou muita gente e a mim mesma.
RADIOHEL MEU PODCAST NASCEU!
Fiz a peça Extraordinárias, e foi demais.
Completei 5 anos de aula de palhaço com uma das mulheres que mais admiro nessa vida: Cristiane Paoli Quito <3
olha essa newsletter aqui? que linda que ela é.
meu filho tem acesso a uma escola massa demais.
a escrita voltou com tudo pra minha rotina.
parei de querer agradar (e sigo tentando).
estou mais honesta com o que sinto, mesmo que isso me traga vergonha. Mesmo que eu tenha consciência de que o que sinto naquele momento não é bonito, nem socialmente aceito. Falo o que sinto, choro, sangro, sofro. Sou intensa e não tenho como fugir disso.
Voltei pro terreiro, levando meu filhote.
Ando respeitando minha vontade de ir embora, ou de simplesmente não ir, inclusive de não beber quando não quero.
Viajei de bike pô! Que isso! Pedalei em praias de 3 estados diferentes. Parabéns pra mim. E pretendo viajar mais de bike, é bonito demais, quem anima?
Tô mais em paz com coisas materiais: roupas, acessórios. Preciso de pouco.
Sou atriz, sou boa, sou artista.
Sou roteirista formada.
E por último: eu olho a vida de frente. É um caminho sem volta gente, é bom, é duro, é de rasgar, mas é o que é. Não mentir pra gente mesmo é um processo muito bonito.
E vamos vier tudo que há pra viver, afinal o mundo tá dizendo pra gente que tá acabando né? Desejo que vocês tenham coragem e força nesse ano que vai chegar. Até logo.
CARTAS DA PAULA
Eu tenho uma rede de apoio maravilhosa. Minha sogra é apaixonada pelas minhas crianças e está sempre disponível quando precisamos - e mesmo quando não temos compromissos mas os netos pedem ou ela mesmo pede.
A questão é que quando estão com ela, não saem das telas. Ficam no celular + televisão o tempo todo. Jogando, vendo YouTube - principalmente shorts (argh!). Fico em pânico de imaginar eles um final de semana inteiro debruçados nessas muletas do tédio.
Sei que ela ama eles e que faz o que pedem por amor mesmo. Mas as crianças acabam ficando uma média de 6 à 8 horas por dia no combo celular + TV.
Até entendo que casa de vó é casa de vó. E talvez não me incomodasse o fato de eles terem mais acesso à essas coisas lá do que em casa. Mas só isso me faz pensar se gostam de ir pra lá pra ficar na tela ou pra ficar com a avó... Ela também cuida do meu sogro e de uma irmã, e tem medo de sair na rua sozinha com eles (embora tenham 9 e 11 anos). Então realmente fica complexo pedir mais do que ela pode dar.
Dicas?
Oi Paula, olha, que complicado né? Mas sei que isso aí e um problema de um monte de Paulas e seus filhos.
Uma das coisas que dá para fazer no celular das crianças é colocar o controle de parentalidade. Você estipula as horas de uso, censura de conteúdos, se podem baixar não jogos. Mas sei que isso não é suficiente. Com as smart tv's o acesso ao Youtube é legalizado e aí as crianças se debruçam no tal dos shorts. Aqui em casa acontece o mesmo, a diferença é que a casa da avó é a casa do pai. Conteúdo legalizado sem censura e sem regras de inicio e fim. Eu quero chorar em posição fetal, mas não encontro muita saída. Já dialoguei, já pedi, já fiz de tudo. O que ando fazendo hoje é trocando ideia com meu filho sobre o que ele vê, sobre o que ele acha, sobre aqui em casa a regra ser diferente e mostro para ele as vantagens de ele não estar debruçado em telas. Mostro o quanto a impaciência dele cresce quando ele fica muito tempo assistindo algo. E ás vezes dou uma de mãe anos 80 e falo: chega, vai brincar, vai descer, vai jogar futebol, vai lavar uma louça. Vivemos em tempos complexos de tecnologia, o que era para ajudar também atrapalha e muito. Não sei de te ajudei Paula ou só desabafei junto heheheh. Um beijo e até a próxima.
Para quando você tiver uma folga, fica a dica:
Dica da Hel:
Novo livro do professor e psicanalista Christian Dunker: Lutos Finitos e Infinitos. Eu só comecei e já tô assim, apaixonada. Segundo o próprio Christian em entrevista pro podcast da 451, esse é seu primeiro livro que tem partes de sua vida pessoal, ele compartilha com o leitor a travessia do luto que foi perder a mãe.
Dica da Nani:
Série “Workin´Moms” (Netflix)
Série canadense de humor que mostra a vida de 4 mulheres no fim da licença-maternidade. Kate, Anne, Jenny e Frankie (como não amar Frankie?) tem seus diferentes desafios para além da maternidade - o trabalho, os relacionamentos, a rotina… São 4 temporadas (eu sei, eu sei), a mais recente saiu agora em 2023. Mas dá pra assistir sem pressa naquela meia horinha que apareceu de surpresa no dia sabe?
Os diálogos são ótimos e elas são bem diferentes umas das outras - porque somos assim: complexas, plurais, divertidas, cheia de pratos para equilibrar.
que saudade que eu estava dessa newsletter! a cada edição dela aprendo sobre a mãe que gostaria de ser no futuro 💛
Me identifiquei muito com o texto da Nani! Meu filho tem 1,5 anos e já sinto a perda do rn... Agora só quer comer sozinho, andar sozinho. Faz me lembrar todos os dias que ele é outro ser humano com vontade própria, que não posso guardá-lo numa caixinha pra sempre...